Tédio!

Aborrece me aquela xícara ali, meio que deixada ali, de lado, com o café já seco escorrendo lhe pelas bordas, assim, meio que amarrotado, meio que desbotado...

Aborrece me ainda mais aquele que ali a deixou, e que agora em um canto do sofá já surrado, traga o seu ultimo charuto vencido...

Aborrece me a morte que logo não chega, a noite que não achega se, que não varre o dia e suas demoras...

Aborrece me o pincel com que vou pintando o viver, num arco Iris de um quase sopro divino, sem vida.

Laisa Mattos
Enviado por Laisa Mattos em 03/05/2011
Código do texto: T2946316
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