Tua alma, doentia,
por doença , tão nostálgica,
deixou de ser nostalgia
e passou a dor nevrálgica.
Nevralgias sinto ter
no meu coração sofrente,
que sofre, por não saber
se sabe bem o que sente.
Sinto dores em todo o corpo,
dorido de desamor,
porque sinto um peso morto,
a matar o meu amor.
Um doloroso passado
passou de mau a cruel,
por cruelmente teres dado
ao teu dar, amargo fel.
Saudosamente amarrado
às amarras do teu Eu,
tens o teu ego endeusado
por um Deus que não é meu.
Seria crendice pura,
acreditar que tu és
o ser que o meu ser procura,
num procurar que não vês.
A pureza que em mim há,
houve dias que, por pura,
não acreditou ser má
tua maldade tão dura.
Trairia o meu saber,
de sabedoria isento,
se nessa isenção de haver,
houvesse algum sentimento.
Nesse teu jeito de dares,
dás algo que sempre vi.
que é, mentalmente, cansares,
quem cansado está de ti.
Devolve Meu Coração
Devoluto, como era.
Deixei de sentir paixão.
Apaixonar não libera.
1986-04-11
por doença , tão nostálgica,
deixou de ser nostalgia
e passou a dor nevrálgica.
Nevralgias sinto ter
no meu coração sofrente,
que sofre, por não saber
se sabe bem o que sente.
Sinto dores em todo o corpo,
dorido de desamor,
porque sinto um peso morto,
a matar o meu amor.
Um doloroso passado
passou de mau a cruel,
por cruelmente teres dado
ao teu dar, amargo fel.
Saudosamente amarrado
às amarras do teu Eu,
tens o teu ego endeusado
por um Deus que não é meu.
Seria crendice pura,
acreditar que tu és
o ser que o meu ser procura,
num procurar que não vês.
A pureza que em mim há,
houve dias que, por pura,
não acreditou ser má
tua maldade tão dura.
Trairia o meu saber,
de sabedoria isento,
se nessa isenção de haver,
houvesse algum sentimento.
Nesse teu jeito de dares,
dás algo que sempre vi.
que é, mentalmente, cansares,
quem cansado está de ti.
Devolve Meu Coração
Devoluto, como era.
Deixei de sentir paixão.
Apaixonar não libera.
1986-04-11