Oh mar...
Oh, mar salgado porque me enfeitiças?
Oh, ondas traiçoeiras porque me convidas?
E, num afã louco sorvo pegadas trêmulas na areia
Que deslizam descompassadas em desvelo.
E, no vai e vem da gôndola do tempo...
Perco-me em pedaços, estilhaçado em charcos, a esmo...
Ansiando a própria morte... sem medo.
E, num mergulho profundo das dores da carne
Vejo-me em lágrimas a arremessar velhas lembranças
Ah lembranças, de tempos bons do que se foi e exauriu,
A carne sofrida de amante...
Outrora boêmio, sonhador,
A viajar todas as noites,
Por entre bordeis,
Bares e becos,
Falanges de sangue e sal.
Estupefato de impressões mórbidas,
De tórridos mares, cruéis de incertezas.
Oh, água intempestiva - bendita, creio.
Arremata-me, sem demora - de vez,
Antes que seja tarde!
Oh, mar salgado porque me enfeitiças?
Oh, ondas traiçoeiras porque me convidas?
E, num afã louco sorvo pegadas trêmulas na areia
Que deslizam descompassadas em desvelo.
E, no vai e vem da gôndola do tempo...
Perco-me em pedaços, estilhaçado em charcos, a esmo...
Ansiando a própria morte... sem medo.
E, num mergulho profundo das dores da carne
Vejo-me em lágrimas a arremessar velhas lembranças
Ah lembranças, de tempos bons do que se foi e exauriu,
A carne sofrida de amante...
Outrora boêmio, sonhador,
A viajar todas as noites,
Por entre bordeis,
Bares e becos,
Falanges de sangue e sal.
Estupefato de impressões mórbidas,
De tórridos mares, cruéis de incertezas.
Oh, água intempestiva - bendita, creio.
Arremata-me, sem demora - de vez,
Antes que seja tarde!