A vagar...
Não sei se me mato ou se só morro
e eis que minha felicidade desabou
num único segundo de exaltação
eu, ela, o que aconteceu? Meu Deus!
Minha mente sem piedade pôs-se a fervilhar
imagens transtornadas, loucura ou fachada?
nada no seu lugar e eu, perdido
desesperado e incapacitado
rastejei nas terras da inutilidade
você tão longe e eu aqui tão forte
queria me teleportar, para o seu lugar
tomar para mim sua dor, poupar seu coração
Não, não ria de mim,
se estou assim, aflito e acometido
é por não ter o que fazer
me perdoe se só consigo isso produzir:
escrever... agora me sinto inútil novamente
descontente com o que sou
nem sei para onde vou, tentar relaxar?
Como?, se não paro de pensar
tá certo, você disse que está bem
mas como eu posso descansar sem ver?
Olha o mal que eu causei, nem sei como redimir
fugido e estremecido. Puído e fragilizado
não sou um pobre coitado, tampouco
mereço tua atenção, se acabo de lhe causar sofrimento
nesse tempo curto que te conheci
tanto já sorri, agora, peço... volte
apareça novamente, contente como sempre foi
diga que não foi mais do que um susto
que tudo o que aconteceu não foi por você e eu
volta para eu te ver irradiante
doravante mais uma alegria e
não esteja perdida a nossa vida
melhore do que quer que tenha tido
destrave o meu coração paralisado
não quero estar entediado para todo sempre
que será uma premonição acontecida
caso não houver nessa vida uma previsão
do quão bem podes tu ficar
termine com minha euforia de mais um dia
não quero terminar essa noite a vagar
esperar mais um outro sinal... esteja bem... e lembre-se: volte