A vagar...

Não sei se me mato ou se só morro

e eis que minha felicidade desabou

num único segundo de exaltação

eu, ela, o que aconteceu? Meu Deus!

Minha mente sem piedade pôs-se a fervilhar

imagens transtornadas, loucura ou fachada?

nada no seu lugar e eu, perdido

desesperado e incapacitado

rastejei nas terras da inutilidade

você tão longe e eu aqui tão forte

queria me teleportar, para o seu lugar

tomar para mim sua dor, poupar seu coração

Não, não ria de mim,

se estou assim, aflito e acometido

é por não ter o que fazer

me perdoe se só consigo isso produzir:

escrever... agora me sinto inútil novamente

descontente com o que sou

nem sei para onde vou, tentar relaxar?

Como?, se não paro de pensar

tá certo, você disse que está bem

mas como eu posso descansar sem ver?

Olha o mal que eu causei, nem sei como redimir

fugido e estremecido. Puído e fragilizado

não sou um pobre coitado, tampouco

mereço tua atenção, se acabo de lhe causar sofrimento

nesse tempo curto que te conheci

tanto já sorri, agora, peço... volte

apareça novamente, contente como sempre foi

diga que não foi mais do que um susto

que tudo o que aconteceu não foi por você e eu

volta para eu te ver irradiante

doravante mais uma alegria e

não esteja perdida a nossa vida

melhore do que quer que tenha tido

destrave o meu coração paralisado

não quero estar entediado para todo sempre

que será uma premonição acontecida

caso não houver nessa vida uma previsão

do quão bem podes tu ficar

termine com minha euforia de mais um dia

não quero terminar essa noite a vagar

esperar mais um outro sinal... esteja bem... e lembre-se: volte

Pedro HD Delavia
Enviado por Pedro HD Delavia em 16/02/2011
Código do texto: T2795037
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