Agressões em silêncio
A maldade humana é uma abstração delituosa
Calada, escondida, indefinida
Dela, vêm a dor que não desaparece
Por todas as coisas ruins vividas
Sofremos, pela pancada da covardia
Pela hostilidade desumana
Pela dedicação desgastada
Pela mente cansada no final do dia
Somos agredidos
Pela chance desperdiçada
Quando não aprendemos perdoar
Pelos conselhos que não soubemos aceitar
Em sigilo, somos agredidos ao sofrermos por amor
Pelos sonhos não realizados
Ou por sonhos não cumpridos
Pela ausência de afeto, ou pelo pedido esquecido
Sofremos quando o bom senso é desrespeitado
Pela ponderação que não deu jeito
Pela dimensão inexata dos erros pessoais
Por insistência do vazio no peito
Sofremos, quando os desejos são cancelados
Por termos poucos instantes felizes
Pelo tempo razoável da boa companhia
Pelas agressões em silêncio da mente vazia
CE - 11-01-11 (23:00h) 11 da noite