Agressões em silêncio

A maldade humana é uma abstração delituosa

Calada, escondida, indefinida

Dela, vêm a dor que não desaparece

Por todas as coisas ruins vividas

Sofremos, pela pancada da covardia

Pela hostilidade desumana

Pela dedicação desgastada

Pela mente cansada no final do dia

Somos agredidos

Pela chance desperdiçada

Quando não aprendemos perdoar

Pelos conselhos que não soubemos aceitar

Em sigilo, somos agredidos ao sofrermos por amor

Pelos sonhos não realizados

Ou por sonhos não cumpridos

Pela ausência de afeto, ou pelo pedido esquecido

Sofremos quando o bom senso é desrespeitado

Pela ponderação que não deu jeito

Pela dimensão inexata dos erros pessoais

Por insistência do vazio no peito

Sofremos, quando os desejos são cancelados

Por termos poucos instantes felizes

Pelo tempo razoável da boa companhia

Pelas agressões em silêncio da mente vazia

CE - 11-01-11 (23:00h) 11 da noite

George Lemos
Enviado por George Lemos em 11/01/2011
Reeditado em 11/01/2011
Código do texto: T2721740
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