Árido
Em meu peito árido
Ainda perpetua a esperança
Do amor ausente
E o terrível sabor
Da dor inconseqüente
Na garganta as flechas
Que dilaceram as palavras
E roubam os gritos
Da infeliz verdade
As mãos agüentam
O calor da batalha
Mas já não possuem forças
Pra vencer a guerra
Contra a ingrata solidão
Dos dias sem sol
Apenas as gotas da chuva
Remolham a face
Ferida de amor