Árido

Em meu peito árido

Ainda perpetua a esperança

Do amor ausente

E o terrível sabor

Da dor inconseqüente

Na garganta as flechas

Que dilaceram as palavras

E roubam os gritos

Da infeliz verdade

As mãos agüentam

O calor da batalha

Mas já não possuem forças

Pra vencer a guerra

Contra a ingrata solidão

Dos dias sem sol

Apenas as gotas da chuva

Remolham a face

Ferida de amor

Fabio Zagonel
Enviado por Fabio Zagonel em 17/12/2010
Código do texto: T2677718
Classificação de conteúdo: seguro