Alguém Que Me Sirva.

De tanto ter voce

perto de mim

E todas as formas

de te agradar eram eu

Se todas as tuas vontades

me incluiam

Entendi que nada mais além da minha presença

era necessária à tua felicidade plena

Resolvi então buscar o que me agradava

na televisão, no rádio, na internet

Programas fúteis, repetidos, mecanicos

e sem graça que refletiam nada

Assim como você que nada representara

nestes últimos anos.

Porque não te mandei embora? Fui egosísta

demais para liberar algo que me servia tanto

Uma Rose - que apesar de máquina - possuía sentimentos,

porém era apenas máquina que cumpria os afazeres

Assim nesse comodismo fui seguindo, sem dar um afago

ou uma palava de contentamento.

Você se foi, mas continuo me virando só.

Afinal, quem não tem uma Rose para facilitar

os dias,

Acaba descobrindo o prazer de arrumar a própria

bagunça.

Sem saudades do passado de escravidão das minhas

irresponsabilidades.

Sigo mudo a esperar um esbarrão que me traga de volta

um sentido para essas coisas:

Alguém para me auxiliar nas minhas responsabilidades e que não reclame de eu preferir tudo o que é fútil em vez de lhe dar atenção

Elias F Mourão
Enviado por Elias F Mourão em 12/12/2010
Reeditado em 10/04/2011
Código do texto: T2666799
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