Chuva de Memórias
Ouço a chuva batendo
De levezinho, na janela
À memória trazendo
Lembranças de minha bela
O imponente trovão
É como o peito meu:
Onde bate um coração
Por um anjo que perdeu
Se a tempestade aumenta
Recordo minhas batalhas
Passei por duras tormentas
Tive acúmulo de falhas
Se depois da tempestade
Sempre vem a bonança
Por que, já, nesta idade
Não me resta esperança?
Vejo a gota na janela
Que lentamente escorre
Que, assim como 'ela'
Breve vida, logo morre