No Brilho dos Olhos

Recortando palavras tão inúteis,

em assuntos tão nossos, para alguns, tão fúteis,

entendi que o amor não nasceu em teu peito...

Ai, que distanciamento e que silêncio pesado,

nesses meus olhos fixos de brilho apagado,

vazando lágrimas por algo sem jeito...

E esse tremor de alma nessa exagerada calma,

se desfazendo no espaço do tempo,

como quem semeia desejo...

Contornando a beira da cama, dizendo que ama,

pedindo calor e luz

a um sol que não vejo...

Ah, amor, também isso te devo...

AURORA ZANLUCHI
Enviado por AURORA ZANLUCHI em 02/12/2010
Reeditado em 06/11/2011
Código do texto: T2648688
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