Silêncios

Cante-me..., como um assovio intimo,

Este ar que de teus lábios doce

Deixa vagar.

Lábios que apenas mimo.

Que apenas, nesta linda noite.

Deixa-me amar.

Mas não me peça... Mesmo em pensamento

Que minha vida não seja sua.

Não me deixe só.

Esse assovio, este veludoso sofrimento.

Como sua imagem nua.

Meu coração dará um nó.

Queria que tivesse minha visão

Este desenho... Para amar.

Oh minha amante.

Este veludoso sorriso, como clarão

Os meus olhos cegar.

Sempre como antes.

Ouço - ti outro assovio... E mais outro.

Será que zombas de mim...

Ou ousa anestesiar-me

Saiba que este encanto não vem d’outro

Como um virgem jardim

Encanta-me.

De seus lábios, o ar sai a navegar

Com mais um assovio

Encantando o luar

Deslumbrada, a lua a nos olhar

Com lágrimas, sorriu

Maldito seja amar.

As lágrimas, em seu rosto

Foi a percorrer

Silenciosamente

A lua, triste em seu posto

Entre as arvores, morrer

Gentilmente

Imagina como queria

Seus lábios silenciar

Junto aos meus

Com este beijo morreria

De a distância vingar

Nos braços seus.

lord crow
Enviado por lord crow em 28/11/2010
Código do texto: T2642065