Palácio Assombrado

Passos leves, finos, flutuantes. Num belo luar

Onde seus raios prateados, iluminam o salão.

Damas, cavalheiros... Almas há se embalar

Passos singelo... No ritmo lindo da canção.

Anjos chorosos, em vitrais... Belos, coloridos,

Lamentosos... Num infinito estão observando.

Mergulhados em falsos, tortos sorrisos

Como num mar, tranqüilo. Seguem navegando.

Olho – ti, silente, graciosa, bela, lastimosa.

Os espelhos encontram- ti, abandonada

Como se a escuridão, esta companheira amorosa

Fosse tua acompanhante nesta balada.

Essas ilusões, que cortejam todas as sinfonias

Se ritmando a cada nota, mesmo ela nua...

E você, minha dama, nem mesmo sorrias,

Não queres uma ilusão para imagem sua?

Neste salão, onde o baile esta há desenrolar

Acompanha-me uma brisa, fria, silenciosa.

Beijando minha face, me sussurrando a amar

A noite, o baile, a musica, sua face gloriosa.

Sentindo o doce sabor do silêncio, apenas seu olhar

Navegando, pelo infinito... Leves ondas...

E nessa escuridão, por onde queres caminhar

Estarei a espreita... Não ti escondas.

lord crow
Enviado por lord crow em 26/11/2010
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