Ponto Final

Minhas lágrimas secaram

As lágrimas que tanto chorei

Hoje choro por dentro

As lágrimas de sangue rolei

O inverno que padece as flores

Destroe o jardim que plantei

De sublime emoção ainda lembro

Meus últimos sonhos, que sonhei

Descobri o sentido das palavras

Escutando o silencio da solidão

Mas preferiria ser surdo

E viver de ilusão

Sou como vento que sempre surge

E desaparece sem saber

Correndo a traz do destino

Tão incerto como o viver

Quero deixar de escrever

Mesmo que minhas mãos me tentem desobedecer

Meus olhos fecham comigo

O ponto final em meu sofrer

Fabio Zagonel
Enviado por Fabio Zagonel em 22/10/2010
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