MAÕS VAZIAS
Minhas mãos se estendem,
Buscam as tuas,
Mas voltam a mim, vazias...
Voltam esquecidas, tristes, nuas,
Sozinhas e tão frias...
Oh! Minhas pobres mãos,
Que não se cansam
De pela vida te buscar...
Não dormem, não param,
Não descasam,
Me obrigam a chorar...
Se choro,
Elas se erguem e,
No meu rosto
Escondem o meu pranto,
E tentam amenizar o meu desgosto
Num gesto de acalanto...