Eu sou meu pranto.

Caem uma a uma!

Em um ritmo torturante!

Me desfazem lentamente levando o que ainda sobrou de mim !

Mesmo sabendo que de mim não restou muita coisa!

Tão grande e inundado que não da pra conter!

E elas se vão fazendo de mim deserto,trasformando minha alma em pó.

Retiram de mim o concreto me deixam somente com toda a subjetividade que resta.

Me deixam com o não,me deixam a prisão e o direito a nada!

Mesmo quando escorrem manchando meu rosto,mesmo saindo lentamente .

Elas não me deixam.

Me absorvem e aos poucos eu me torno o que não sou...

Eu me transformo em pranto.

Anyy
Enviado por Anyy em 26/09/2010
Reeditado em 10/04/2011
Código do texto: T2521371
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