MINHA ROUPA
MINHA ROUPA
Para libertas de você me rasgo
Sangro o soro
No soluço me engasgo
E fico no choro
Emendo-me de seda
Mesmo assim é remendo
Caminho pela vereda
Sentindo-me horrendo
Sozinho sou fantoche
Feito de trapos
Apesar do ouro no broche
Vou deixando os fiapos
Ficarei como? Não sei?
Rasgado ou curado?
Caminhando ou parado?
Ele sabe, eu nada saberei?
André Zanarella 04-04-2010