O AMOR QUE FAZ DOER

Vê pelas janelas úmidas d’alma

aquelas mesmas folhas

e o vento lançando-as

dominando-as,

em uma dança sensual

vertigem em espiral

como o rodopiar

de uma bailarina

na neblina densa

do ocaso taciturno

o sopro da noite

entra pelas frestas

e traz uma cantinela triste

folheia sobre a mesa

duas páginas do livro

de soturnas poesias

um suspiro profundo, cadenciado

é o estribilho que sobrou

do resto da noite fria

que não recebeu o banho de luz

que há no paraíso

dos teus olhos ternos e distantes

derramados na lembrança

pelo caldo de luar

que banha a bailarina

em seu vestido de folhas

ela se foi...

Sejam muito bem vindos em :D

poesiasegirassosis.blogspot.com

Davi Cartes Alves
Enviado por Davi Cartes Alves em 05/09/2010
Reeditado em 05/09/2010
Código do texto: T2480367
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