Estrago

Uma noite fria e cinzenta

E o meu coração esbugalhado

Em olhos de vidro derretidos

Num oceano de dor.

Predestinada era a angústia

Que viveria esse coração podre

Que morreria por um pobre mortal

E congelaria numa noite negra.

Inútil esse meu coração

Está implorando por algo impossivel,

Migalhas de um amor inexistente...

Esse coração estúpido merece sofrer,

E morrer apagado, fuzilado pelos mesmos olhos

Que como uma bola de canhão

Atravessaram o meu peito,

E tiraram tudo do lugar,

Deixando como marca esse corpo esvaído

Morrendo numa poça de dor,

Afogado nas próprias amarguras

De um buraco escuro e vazio,

Nesse peito mutilado pelos teus olhos cortantes.

Marina Dalmass
Enviado por Marina Dalmass em 28/08/2010
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