SAUDADE,  COMPANHEIRA  CRUEL . . .


Quando a Saudade chega traiçoeira
e se insinua como visita indesejada,
percorre a minha casa como sua
devassando o que foi nosso, meu amor...


Senta-se à minha mesa atrevida
comendo o que cozinhei para ti...
Segue-me colada a mim e deita-se
a meus pés, uma sombra sem pudor...


O leito que foi de nós dois ela invade
com a certeza e a coragem do vencedor...
E eu cabisbaixa, entristecida,
estremeço à invasão não consentida.


Salva-me deste inferno, meu querido!
A vida sem ti não tem sabor...
Procuro-te em cada canto em desespero,
a casa sem ti não tem calor!


Ah! Saudade, Saudade... Inimiga de quem ama!...
Estou cansada de sofrer, meu amor!...


Beijinhos,

Teresa Lacerda
Enviado por Teresa Lacerda em 12/08/2010
Código do texto: T2432819
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