Algo de sublime
Algo de sublime,
feito a dor que pulsa em mim...
Belo como o amor,
forte como rancor...
Algo perpassa sutilmente,
bravo como a coragem,
inquieto como a dúvida,
um momento, um instante!
como um palhaço triste,
âmago apertando o orgulho,
egoísta, altruísta e cruel...
algo além de mim...
Se o perfume que exala é seu,
o segredo que guardo sou eu
e um sentimento indecifrável,
púrpura, negro, multicor...
Enciuma esse seu olhar,
que não pro meu...
sublime como tudo no mundo: dor,
de amor, rancor, furor de não te ter...
Deixe apenas o momento brilhar,
nem que seja sem aplauso,
a lágrima que salta da minha face
vai ao encontro das migalhas de mim.
Pois, que me importa sofrer?
algo de sublime assim,
não vislumbra pra você,
não tem o mesmo calor...
Não encerro tudo isso,
a vaidade não permite,
mal de amor, calor,
continuo me expondo assim...