Peregrino Silencioso

Das claras sensações humanas,

Deixo-me decair pela tristeza,

Mas não apelo para ideologias insanas,

Porque em meu peito ainda vejo beleza.

Não tenho um sentido,

Tenho mil sentidos dentro de mim,

Mas o que fazer se estou triste?

Mas o que fazer,

Se me divido em lagrimas e prantos?

Eu não quero um pedaço do mundo,

Eu quero o mundo inteiro para mim,

Se for contra, faço-me de surdo;

Pra mim só serve um sim!

O que fazer?

O meu coração é uma inesgotável fonte de amar;

Mas nem por isso amo a todos;

Amo o amor!

Meus versos são isso!

Alguns tristes,

Mas outros falam de amor.

Meus versos são isso!

Alguns sem nexo,

Mas outros sem sentido.

Mas continuam sendo meus...

Meus pedaços

Que com a cola da caneta

Vou colando no papel...

Chamam de poema,

Eu apenas chamo de "Eu".

Chamam de texto,

Eu apenas chamo de vida.

Sim, minha vida, que resolvi mandar numa viagem;

Minha vida, que conhece vários cantos do mundo,

Que conhece vários rostos,

Vários olhos,

Várias almas,

Que conhece cada pedaço do papel.