Doença

Não sou um homem ainda

Às vezes me sinto deformado

Nada físico entenda

Tenho meus braços e minhas pernas

Os pêlos também estão em seu devido lugar

Minha nutrição é boa até onde sei

Possuo dentes

E meus sentidos ainda não decidiram darem um tempo á profissão

Não sofro de pressão alta ou de doenças do coração

Porém ainda sim

Sinto-me doente

Ao olhar adentro vejo minhas sombras

Até converso com elas, às vezes,

São legais desde que se mantenham afastadas

São como os colegas que se faz na rua

Deve-se tomar cuidado, pois nunca se sabe de que lado estará

Quando surgir a luta

Que luta? Que luta que é essa sendo travada?

O animal deve ter um pouco?

O que a loucura tem de gênio?

E os males que assombram uma vida, qual sua importância?

Toda vez ao me levantar faço essa questão

Pois se não é o físico é outra coisa então

Todos no fundo procuram algum problema

Alguma coisa para se ocupar

A sanidade fica em cordas bambas ao se dar tempo

O tempo consome a mente que antes tanto planejava

E os planos se observa, são apenas um lampejo que enevoava

Denominamos esta nova questão com uma palavra: Depressão

Uma sombra que inventamos

Criada para consumir aquilo que tanto nos preserva

Porém no fundo, no fundo

Mora a resposta do por que:

O homem é o único animal que sonha com sua própria extinção...

Vams
Enviado por Vams em 09/06/2010
Código do texto: T2308718
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