Bem-me-Quer Mal-me-Quer

Sou flor despetalada em suaves bem-me-quer e mal-me-quer

Tuas mãos não foram gentis ao tirar meus pedaços

Mas teus olhos foram tão delicados ao me escolher!

Fizeram da virtude das minhas cores

O teu brinquedo de querer e não querer

Arrancou-me pela raiz com certa compaixão

E mesmo quando doía eu queria ser despida

De cada pétala que me revestia

De cada cor que me dava vida

E você foi brincando como uma criança

Seus dedos arrancando minha alma

Pedaço a pedaço, pétala por pétala

Então depois de felicitar-se pelo resultado

De um bem-me-quer conquistado

Deu um beijo de misericórdia

E desdenhou!