Chuva amarga
Chuva fina de início de inverno,
chora no telhado gotejante.
Como lágrima de fim de choro,
da dor que se faz retirante;
uma trégua no tormento eterno.
A chuva cai constante e fina,
enquanto sofre em meu peito
apaixonado coração romantico;
sentindo falta da menina,
que hoje vive distante.
Distante a vida, distante a sina.
Longe os destinos que se cruzaram;
deixando no peito a dor de quem ama.
Pode a separação transformar amor em ódio?
Tal qual a chuva torna a terra em lama?
Se não odeio a chuva, por cair insistente,
tampouco a Ela, linda e bela,
por me deixar doente, carente.
Pois tolo, quis com ela traçar caminhos,
e hoje sou um pobre, a esmolar carinhos.