O IDOSO SEM ESPERANÇA
Meus cabelos estão brancos como a neve,
Meus olhos cansados, mal podem ver,
Esse corpo enfraquecido e trêmulo,
Já não me alimento com tanto prazer.
Porque não morro logo,
Se já não tenho mais forças?
Em vão prolongar os dias,
Se o meu fim é certo.
Esta solidão que me dá angústia,
Ninguém mais tem paciência comigo,
Mandam-me ficar no quarto,
Para não incomodá-los,
Sinto-me como criança de castigo.
Que eu volte logo ao pó!
E esse corpo velho,
Entre em decomposição,
E que o meu espírito,
Encontre a paz em outra vida.
Aqui não há mais solução!