NINHO DE COBRAS (Poema cúbico de três)
Na cabeça alvejou,
Quem nele atirou?
Um fulano expirou...
No chão frio,
Apagou seu pavio,
Perdeu seu brio.
Olho por olho,
Livre do tolho
Sangue de molho.
Dente por dente,
Ninho de serpente,
Morreu um indigente.
Homem sem vida,
Uma alma querida?
Talvez..., mãe sofrida!
Olhares de reprovação,
Tristeza? Qual coração (...)?
Homem sem documentação.
Não aparece ninguém,
Vitima ou refém?
Culpa de quem?
Descanse sem paz,
Um jovem rapaz.
Atitude? Ninguém faz...
Ninho de cobras,
Das plenas manobras,
Morte das sobras.