MATRICÍDIO
Fora a dor do parto que por você, como grande guerreira ela sentiu,
Sem ao menos esperar esse triste e cruel destino que a aguardava,
Teve as lágrimas soltas que enrolaram a pele do rosto já enrugada,
Retratando a vitrine da carne viva da vida em diante que te serviu.
A sua boca como um filhote procurando o alimento,
Roubava-lhe o materno leite misturado com carinho.
Ela cantava músicas de ninar, um lindo sentimento,
Para seu choro acalentar e pegar no sono mansinho.
Os anos passam... Inocência!
Os anos passam... Obediência!
Os anos passam... Desobediência!
O corpo manca cansado...
Tamanco muito gasto,
Uma marca do passado...
Então vem o golpe..., inconseqüente,
Da sua mente alucinada, delinqüente.
No ataque a este ser tão casto, por olhos sofridos dos anos perdidos,
Trazem um pedido de misericórdia nos atos de selvageria sem sentido.
Pobre coitada! Tão querida!
Uma mãe fada, muito ferida.
Seus dedos sujos de sangue.
Arrependido, ele a olha triste,
Está morta! Vida já não existe.
Morta..., para nunca mais!
Ele foge, mas tenta voltar,
Pensa em a querer salvar,
Mas, a vida está perdida,
Da mãe fada, tão querida,
Agora já é tarde demais!