A casa onde mora o corpo.

Ando com coração fora do peito

O corpo fora do espelho

E o corpo fala pra mente

Controlar os restos indigestos

Consolos que me consolam

São bocas abrindo olhos

Conselhos de ponta-cabeça

E idéias de porta à fora

Sem ninguém pra te ouvir

Os pensamentos lhe falam

Com o peso da consciência

Uivando em si só

Sozinho maltratado

A tanto tempo

Que o desejo se realiza

Apenas na memória

O vento bate no telhado

Nesse chão sem encalço e fechado

Fica tudo empoeirado

Nem o prego segura o quadro na parede

E a porta esta sem porta para entrar

Não tem companhia

Muito menos uma campainha

Apenas uma pedra para derrubá-la

E apenas um desejo para construi-la.

Será a idade que te deixará fraco de esperar

E a morte que te acompanha nos seus dias sem memória

Do mundo chamado amor que se perdeu na solidão ou na

casa onde mora seu coração.

Á alma é barata
Enviado por Á alma é barata em 15/03/2010
Reeditado em 16/03/2010
Código do texto: T2140186
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