Ilusão

Não sinto meus pés

minha cabeça pesa

meu corpo pede socorro,

lateja,

chora sua dor

da perda do nada,

porque nada tinha

apenas a ilusão de ter.

amargo preço

de perder o que não teve,

o apreço.

Jogo desonesto.

Esse amor apostou num troço

destroço de alguém perdido

num emaranhado de pura ilusão,

louca paixão

vivida em horas

fora de hora.

Por que não na minha hora?

Já foi,

não vi passar,

por isso ainda corro

pensando alcançar

esse trem sem vagão,

tolice de adolescente,

pós-adolescente,

que vive pensando

que seu amor

ainda a quer.

Naiara Barbedo
Enviado por Naiara Barbedo em 01/08/2006
Código do texto: T207025
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