£ Aqui jaz £
Insone prostro-me diante da noite,
uma peregrina uivante, em silêncio obsoleto...
Estou a colher na plantação noturna os
orvalhos dos sentimentos...
Indago aos céus em suspiros plenos,
onde estarão os olhos meus?
Estou trazendo aos meus pulmões,
o ar das terras do Sul; - e, assim:
Uma estrela desponta no firmamento.
Confirmando com altivez,
a certeza do vazio em meu peito.
Carrego as dores de agora,
sepulto o amor de outrora e
assim nesta madrugada,
sou loba ferida, viajante em pensamentos...
Irei até um jardim de rosas negras,
onde poderei jazer em agonia,
perpetuando-me rainha de um único rei...
Estou soltando os gritos sufocados de orgulho,
rasgando meus pulsos na dor do desprezo e
despedindo-me da vida de ilusões, adeus!
£Valkyrja£