O céu que almejo me escorre dos dedos
Cai como gotas, prenúncio da tempestade
Tem o cheiro da felicidade inatingível
É impossível tocá-lo apenas com os sonhos
O céu que desejo tem a cor dos teus olhos
Molho a face, na explosão do peito
Saturado pela vontade de voar
O céu que quero colher é fruto da imaginação
Um poema torto, sem direção
Ali não há anjos ou querubins
Mas, quero-o bem, quero assim
Nas asas flamejantes do fogo da paixão
Voar o mais alto que eu puder
E sem levantar meus pés do chão
Fazer meu céu no colo daquela mulher

Mulher que acendeu a chama eterna
Aqueceu meu corpo em pensamento
Revestiu minha pele, de poesia terna
Cultivou o amor, flor vinda no vento
Iluminou a minha vida como lanterna
Acesa na chama do puro sentimento

Meu céu fica a um palmo do nariz
E cabe na palma da minha mão
É lá que a poesia nasce feliz
E é lá que deitarei meu coração

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777 vezes eu estive aqui,
deixando tanto de mim
Sofri, chorei, amei, sorri
Quando tudo isso terá fim?

Talvez hoje...
Amanhã quem sabe...
Sei que não foi ontem....