Moço, por que você fez isso???

Sem sonhos agora...


Pouco importa o agora...
a hora
a mudança
o sonho sonhado

De que vale agora?...
o vento
qualquer lugar
qualquer tempo

Tudo é sem sentido...
tendo sido
alegrias de alguns dias
Meu sonho foi roubado




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*15 de outubro de 2009
Quinta-feira

Manhã rotineira....
Retornamos ao trabalho após o almoço.
O dia seguia normalmente, quando entra um rapaz de boa aparência, anunciando o assalto!
Arma em punho, pedindo o dinheiro, pegando os celulares, procurando com os olhos o que lhe serviria e lucro...
Perdi o som, só ouvia aquela voz:
- Quietinhas... Tem mais alguém ai? O que tem lá embaixo? Vamos! Vamos o dinheiro! Rápido! Rápido!
De impulso me levantei e me posicionei na frente da minha filha, para atender ao marginal!
Confesso, foi impulso de mãe, nem me lembrei da gravidez naquele momento! Até que o moço saiu...
Imediatamente me veio na lembrança o bebê, ao ver minha menina totalmente pálida e trêmula, preparei um copo de água com açúcar,  calmante que aprendi com minha avó, dei a ela e disse que tudo estava bem e ja havia acabado...

Depois de ter atendido a polícia, descrevendo o rapaz e dizendo que não levara muito valor, as coisas começavam a voltar ao normal. E terminamos mais um dia de trabalho, meio confusas, porém bem.

Por volta das três da manhã, minha filha se levanta e vai ao banheiro... Demora por lá. Pergunto então se está tudo bem. Ela me diz que não. Num salto vou até ela, ja sabia o que estava acontecendo, mas não queria acreditar...
Disse a ela que estava tudo bem e que voltasse a dormir. Ela reclamava de cólicas e eu sentia uma forte dor no peito!

Sexta-feira
Na manhã seguinte, não podia sair da empresa, e como levá-la ao médico? Todos a quem pedia socorro não podiam nos atender... E somos eu e ela na loja.
Liguei para minha amiga Betina. Imediatamente ela deixou seus afazeres, e foi a mãe da minha menina naquele dia. A acompanhou o dia todo, a levou ao hospital, onde minha pequena ficou internada em observação.
No fim do expediente fui buscá-la junto com Charlyane, minha mãe, e minha caçula, ela estava bem, aparentemente. Perguntei sobre o bebê. Me disse que não sabiam como ele estava, só com um ultrassonografia.

Sábado de manhã...
Fomos então ao tal exame.
Triste, mas já sabida constatação!
O médico disse que não havia bebê mais ali...


Seu Polícial!
Volta aqui!
O ladrão roubou minha alegria e meu maior bem...
Minha expectativa, minha primeira experiência...


MEU NETO!
                       MEU NENÉM...