Transição

Como uma bolha de neve gigantesca,

Vagueio desnorteada

Pelo cosmo da vida.

Não sei se ame ou se odeie;

Se sonhe

Ou alimente pesadelos desconexos;

Se sorria,

Ou faça chorar;

Espalhe caridade,

Ou negue uma esmola;

Se viva,

Ou simplesmente,

Morra.

As bolhas,

Ultrapassam o infinito,

Solitárias,

Ingênuas e leves.

Prefiro continuar

Sendo uma bolha fria alva ou pardacenta

De mão em mão

A desaparecer incógnita

Num infinito que já foi meu

Zélia Tenório de Araújo

Pedagoga

Zélia Tenório de Araújo
Enviado por Zélia Tenório de Araújo em 13/10/2009
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