Transição
Como uma bolha de neve gigantesca,
Vagueio desnorteada
Pelo cosmo da vida.
Não sei se ame ou se odeie;
Se sonhe
Ou alimente pesadelos desconexos;
Se sorria,
Ou faça chorar;
Espalhe caridade,
Ou negue uma esmola;
Se viva,
Ou simplesmente,
Morra.
As bolhas,
Ultrapassam o infinito,
Solitárias,
Ingênuas e leves.
Prefiro continuar
Sendo uma bolha fria alva ou pardacenta
De mão em mão
A desaparecer incógnita
Num infinito que já foi meu
Zélia Tenório de Araújo
Pedagoga