O negro algemado
Sou negro, descriminado e aprisionado
Tenho orgulho de ser escravo
Faço correrem todos os dias o sangue por minhas veias
Meu suor sobre o terreno imenso derrama, o tronco conhece minha dor.
Não peço clemência, pois sou um lutador
Uma carta me dará a “liberdade”
Amenizará a minha dor
Vida de escravo! É complicada e cansativa
Levar chibatadas ver em seu corpo as feridas.
Nada poder fazer
Se eu faço!
Apanho amarrado até morrer
Cada chibatada que levo eu
Fico a imaginar que ancestral meu aqui sofreu, morreu
Clemência jamais (...)
Pois todo guerreiro sabe o que faz.
Anderson Ramos Prazeres