Sonhos roubados

No obscuro ventre da minha mãe

segurando a mão da esperança,

rasguei o caminho para a vida,

respirei o ar, chorei e sentir-me vivo...

Primavera, outono, verão e inverno,

sugando doce leite materno

O tempo transformou-me em adolescente,

no meio desse sistema incompetente

A política da ditadura militar de 64,

ela rodou os meus sonhos de cidadão...

No meio das indecisões tribulação publica,

o tempo arrastou-me para esse inseguro presente...

Com pelos tomando o meu rosto,

deixando o barbeiro míope de olho,

com a navalha cega em tuas mãos,

causando medo no meu coração.

Vi pelo fio da cega navalha

pedaço de mim sendo jogado no lixo,

lixo que recebe as minhas idéias

de ver o estado tratar igualmente o seu povo.

Meu pensamento emocionado lamenta...

Os meus olhos choram lágrimas revoltantes,

de verem os homens sádicos e velhacos

apoderem e surrupiarem o bem publico.

Terra do Rio São Francisco, vida ao nordeste...

Terra de Minas Gerais minerais milionário...

Terra da Amazônia riqueza incalculável...

Terra de Brasília cambada de vilões...

Bispos, Pastores, Padres e Sacristãos,

exploradores dos homens em nome de Deus.

Deixando os fieis com medo do pecado

e atirando pedras aos demônios.

Eles roubam o Brasil mundo meu destino,

Vivo a mercê da sorte cismado com futuro...

Eu olho para todos os sistemas públicos vejo corrupto...

Homens raça de víboras que picam a própria alma.