Breve olhar
Ali na janela, um olhar sem vida jazia.
Dia ou noite, o pequeno corpo mal se movia.
Pequenino olhar de criança,
Sem luz ou alegria, aquele olhar fixado à janela...
Olhos amendoados que nenhuma esperança via.
Com chuva ou sol, aquele ser ali permanecia.
Nenhum sorriso,
Uma vida sem alegria.
Apenas ficava ali, imóvel, como que aguardando o final do dia,
Alguns breves soluços a pequena alma em vão repelia.
Olhar sem vida, esperando, apenas esperando na janela,
Uma vida sem magia.
Ali a infelicidade reinava,
Como fogos de artifício Luzia.
Na janela branca da casa amarela da esquina,
Um olhar sem vida me via.