Frio...
Solidão, tristeza, frio. Minha alma está cada vez mais escura e vazia, sendo golpeada constantemente pelo ar gélido e seco que insiste em rodeá-la. Sinto-me deprimido, cada vez mais, como se o calor de meu corpo, a alegria de meu coração me fossem sugados, como se atacado por um vampiro, eu fosse. É como se estivesse entrado num permanente inverno, como que minhas faces nunca mais sentissem o calor suave de uma brisa de primavera, como se meus olhos, fossem para sempre, proibidos de ver a beleza de uma borboleta colorida voando, ou como se minhas narinas não pudessem mais sentir a doce fragrância de rosas desabrochadas... Sigo então, por esse tortuoso e deserto caminho, com a esperança que algum dia eu possa ver e sentir os raios de sol, novamente a aquecer meu frio e combalido coração...