(imagem retirada do Google)

Nasci morta.


Nasci morta. Por isto as coisas que faço
ou sinto não têm sentido nem explicação.
Franzi os olhos tentando enxergar
o que estivesse além de minha visão.
Nõ foi por falta de buscar. Em vão.

O que acontece com esta vida que levo?
É tão normal quanto a de qualquer pessoa.
Teve começo, meio e agora chega ao fim.
O que é que falta para eu sentir que a vida
é mais que esse dia após noite até que enfim?

Não vivo como porco nem tampouco como anjo.
Mas mais me sinto porco ou anjo do que gente.
quem dera fosse a vida, humana o tempo todo.
Nasci morta. E esta que vive é arremedo de pessoa.
Fluindo entre lama e nuvens sem tempo para ser...


(Poema parte do livro inédito Mapa da Vida)