UMA CANÇÃO TRISTE

UMA CANÇÃO TRISTE

Neuza Maria Spínola

Encostei a cabeça no tronco de uma árvore alta,

E de uma flauta de bambu, toquei um acalanto;

Via o correr do rio, silencioso, que encanto!

E fiz dançarem no céu tantas estrelas brilhantes.

Parecia que a lua descia das trevas,

Sobre a face úmida e fresca da terra;

Meu canto era suave como o canto da sereia,

Como o amor, que a alma tanto anseia

Pensei nos teus lábios, que os meus nunca tiveram.,

Imaginei teus olhos, que nos meus nunca pousaram,

Senti teus braços, que os meus nunca envolveram,

Toquei as tuas mãos, que as minhas jamais tocaram.

E veio a chuva, e veio o vento naquele instante,

Se misturarando à harmonia da minha música triste;

A chuva fez chorarem, uma a uma, todas as notas,

E o vento assobiava esta canção que ouviste.

E aquela chuva fria naquela noite escura

Escondeu de mim todas as minhas estrelas;

Estendi meus lábios para aquela água pura,

Querendo sentir teu beijo com sabor de aventura.

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