Meu poço
Não sou prioridade na vida de ninguém.
Era apenas isso o que eu gostaria de ter...
Um porto seguro, uma mão que segurasse a minha quando eu estivesse caindo nesse abismo. Alguém que me puxasse de volta e me fizesse respirar novamente, um amparo.
Algumas lágrimas caem, manchando o papel sombreado pela luz da luminária.
Uma tristeza sem fim de mim se apoderou, não consigo me livrar dela.
Caí em um poço escuro, frio e que fede a mofo e umidade.
E parece não haver ninguém que possa me tirar dele.
Não há nenhuma mão estendida para mim,
Nem mesmo um breve olhar em minha direção.
Em meu peito, agora repousa um vazio escuro, sem limites e sem final.
Meu coração bate silencioso.
Lágrimas e mais lágrimas.
Soluços e mais soluços entrecortados por breves respirações.
Minha alma peregrina perdida por esse mundo e não consegue encontrar seu próprio rumo, seu caminho, seu destino final.
O silêncio toca meus lábios ressecados e empalidecidos.
As lágrimas tocam meu rosto entristecido
E a solidão em minha alma e coração faz sua triste morada.