SEM TI!
Doce amado tu partiste de repente
Foste a desbravar outros mundos
Silente abandonei-me e descrente
Dos anjos, adormeci, sono profundo.
Devaneios possuíram-me, regressavas
Vinhas com tua túnica azul celeste
Ornado de fios dourados e cantavas
Sentado á sombra de velho cipreste.
Em afãs do onírico momento, te pertenci
Fui tua amante e em beijos me consagrei
Meu corpo preso à ternura e desvaneci.
Não, não hei de despertar, morrerei aqui
Onde o inconsciente te faz meu rei
Viver sem ti é morrer. Anfiguri!