APELO
Na exuberante candura
da natureza pura,
o canto dolente
de uma rolinha tímida,
numa apoteose de delicadeza,
graça e singeleza,
soa ao ouvido da gente,
que imagina o que ela sente,
como um pedido de socorro
por perceber que agora
a beleza de outrora
mudou tanto.
Por isso ela chora
transformando seu canto
em pranto,
qual apelo profundo
em nome do mundo.