levantou de madrugada
Como sempre fazia
Com a alma preparada
Para sua correria
Passou pelo meu quarto
Mexeu no meu retrato
Me deu um beijo de bom dia!
Se arrumou pro que der e vier
Ajeitou a gravata e saiu
Só tomou um gole de café
E como sempre sorriu
Esse era o meu herói
Um homem sem igual
Ser humano excepcional
Que nada destrói
Resolveu mudar o caminho
Queria pegar um atalho
Lá ia ele, meu velho, sózinho
Contente para o trabalho
Entrou na rua estreita
Sem imaginar que à espreita
Havia perigo e maldade
Papai, uma criatura perfeita
Um trabalhador desta cidade
Foi abordado por um homem
Que trazia ódio no olhar
Uma maldade que nada consome
Uma ânsia de prejudicar
Empunhava uma arma de fogo
Aquilo não era um jogo
Um filho do lado escuro
Encostou meu pai no muro
Para lhe assaltar e maltratar
Pediu relógio, carteira e celular
Mas, por não estar contente
Com sua arma reluzente
Mandou papai rezar
E meu velho que não tinha medo
Achando que fosse um brinquedo
Quis o tal homem enfrentar
E naquele momento de sufoco
O monstro urrava feito louco
Jogou papai no chão
E sem pena, alma ou compaixão
Fez a arma ecoar um som oco
Apertou fortemente o gatilho
Atingindo papai no peito
Os olhos foram perdendo o brilho
O sangue corria feito rio sem leito
Ainda chamou o nome do filho
O homem comparsa do alheio
Correu feito bonde sem freio
Deixando papai ali estendido
Caído, mortalmente ferido
Talvez antes de dar seu último suspiro
Meu pai, pensou em sua família
Mas tudo acabou naquele tiro
Ele que queria ter um bom dia
Ir à luta, em busca do sustento
Ali naquela viela fria, morria
Assistido apenas pelo vento
E até hoje me pergunto
Pra que tanto sofrimento?
Seria bom se a gente estivesse junto
Brincando e crescendo lado a lado
Mas, o destino foi selado
Mamãe diz que ele foi para o céu
Onde a felicidade é sem fim
Mas, só sei que um monstro cruel
Tirou meu papai de mim
***************************************
Caro amigo, leitor, essa, apesar de não ser uma história de ficção não é a MINHA e sim de um amigo, que perdeu seu pai há uns tempos atrás. O fiz em primeira pessoa, pois, me coloquei no lugar deste jovem amigo e me compadeci com a história dele.
Obrigado pelas manifestações de carinho.
Como sempre fazia
Com a alma preparada
Para sua correria
Passou pelo meu quarto
Mexeu no meu retrato
Me deu um beijo de bom dia!
Se arrumou pro que der e vier
Ajeitou a gravata e saiu
Só tomou um gole de café
E como sempre sorriu
Esse era o meu herói
Um homem sem igual
Ser humano excepcional
Que nada destrói
Resolveu mudar o caminho
Queria pegar um atalho
Lá ia ele, meu velho, sózinho
Contente para o trabalho
Entrou na rua estreita
Sem imaginar que à espreita
Havia perigo e maldade
Papai, uma criatura perfeita
Um trabalhador desta cidade
Foi abordado por um homem
Que trazia ódio no olhar
Uma maldade que nada consome
Uma ânsia de prejudicar
Empunhava uma arma de fogo
Aquilo não era um jogo
Um filho do lado escuro
Encostou meu pai no muro
Para lhe assaltar e maltratar
Pediu relógio, carteira e celular
Mas, por não estar contente
Com sua arma reluzente
Mandou papai rezar
E meu velho que não tinha medo
Achando que fosse um brinquedo
Quis o tal homem enfrentar
E naquele momento de sufoco
O monstro urrava feito louco
Jogou papai no chão
E sem pena, alma ou compaixão
Fez a arma ecoar um som oco
Apertou fortemente o gatilho
Atingindo papai no peito
Os olhos foram perdendo o brilho
O sangue corria feito rio sem leito
Ainda chamou o nome do filho
O homem comparsa do alheio
Correu feito bonde sem freio
Deixando papai ali estendido
Caído, mortalmente ferido
Talvez antes de dar seu último suspiro
Meu pai, pensou em sua família
Mas tudo acabou naquele tiro
Ele que queria ter um bom dia
Ir à luta, em busca do sustento
Ali naquela viela fria, morria
Assistido apenas pelo vento
E até hoje me pergunto
Pra que tanto sofrimento?
Seria bom se a gente estivesse junto
Brincando e crescendo lado a lado
Mas, o destino foi selado
Mamãe diz que ele foi para o céu
Onde a felicidade é sem fim
Mas, só sei que um monstro cruel
Tirou meu papai de mim
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Caro amigo, leitor, essa, apesar de não ser uma história de ficção não é a MINHA e sim de um amigo, que perdeu seu pai há uns tempos atrás. O fiz em primeira pessoa, pois, me coloquei no lugar deste jovem amigo e me compadeci com a história dele.
Obrigado pelas manifestações de carinho.