É o sol, é a estrada, é o tempo, são os pés no chão.
Eu vi o menino parado
Há muito tempo
Sentado ao pé do início daquele caminho
Eu pus os meus olhos nos seus pés inchados
Mas jamais os notei
O sol ainda castiga na estrada onde nuca foi rei
Eu vi a mulher indignada com outra pessoa
E nada mudou desde que me deparei com aquela briga
A vida e seu contraste coma morte
A lição mais dura que a vida ensinou
O sol ainda não brilha na estrada, mas não a deixou
E esta fraqueza me leva a chorar
Esta fraqueza é minha
Por isso é que penso, as vezes, em parar
Por isso essa dor tamanha
Já tenho cabelos brancos, mas não sou artista
O tempo não existe, no entanto sempre permanece
Aqueles que correm do jogo
Tem medo do fogo da desilusão
É o sol, é a estrada, é o tempo, são os pés no chão.