Não há flores em mim
Desde a sua triste partida
Sou um deserto jardim
Trago os ecos da despedida

Me sinto só, abandonado
Sou apenas um terreno baldio
Queria estar ao seu lado
E preencher esse imenso vazio

Primavera eu já não vejo
Sou folha caída no triste outono
Sou a sobra nua de um desejo
Uma sombra do cruel abandono

Já não há flores em mim
Sou tronco seco sem folhas
Por que o amor é assim
Um emaranhado de escolhas?