Triste

Tenho medo de brincar de esconde-esconde,

Pois o amor de mim vive à se esconder.

Quem me ama eu não quero,

Quem eu quero, não me quer.

A alegria se esvai, juntamente com a esperança,

Parece que não haverá mais tanto tempo,

Pra brincar de cabra-cega, de ser criança.

No teu coração quero ficar guardadinha,

Mesmo que seja por puro esquecimento de me tirar de lá.

Será que posso sonhar? Ser uma fadinha ou bruxinha?

Sou aquela que sentada na pedra do cais não mais conspira,

Mas que te deseja coisas melhores,

Daqui te mando meus ternos beijos primaverís,

Sou Julieta sem Romeu,

Que não terá devaneios senís.

Por tudo, mas quem sabe por enquanto,

Só por enquanto,

Lamento, lamento por estar triste.

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 12/02/2009
Código do texto: T1435944
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