folha caída
quero saber o que vai ser de mim
quando não tiver o que escrever
ou quando for inútil procurar
quando não tiver o que achar
quando não puder mais aprender
a sorrir com as borboletas
a desconfiar que a lambreta
possa subir a estrada
a não desconfiar de mais nada
ou quando a noite for uma tormenta
e eu não souber que a polenta
será preciso esquentar
quero saber o que vai ser de mim
quando olhar a folha caída da árvore
e souber que ela irá secando no chão
Rio, 30/01/2009