Pra que lado vai o sol

Pra que lado vai o sol, meu amigo?

Para cima e então desce, companheiro.

E por que me levanta quando eu quero dormir e me esmaga quando quero sorrir?]

Mas ele não o faz, amigo meu.

Então por que me leva junto em seu trajeto quando eu só quero o trecho calmo, reto?]

Mas tu que pegas a carona, o sol apenas é solícito, meu querido.

Reconheces, então, a vontade do sol teu abraço, do sol meu carrasco?

Mas não é vontade, corrijo, a vontade é toda tua, meu irmão.

Por que não pedes a ele que o me negues, quando meu sangue todo ferve?]

Pois já lhe disse, o sol, meu caro, este é indiferente.

Então caminha, sobe-desce, por puro capricho e hábito a oeste?

Não, velho colega, foi assim por todo o tempo.

Onde está, será, minha vontade, a ignorá-lo, como este o me faz, em lealdade?]

Corrijo novamente, amigo, não há indiferença, apenas natureza.