Noite enegrecida
Fico aqui, olhando a chuva cair, através da janela.
Os respingos batem no vidro e me fazem piscar,
Rapidamente penso em ti,
Agora tão distante,
Em outros braços, com outra amante.
Em um lampejo fecho os olhos,
Lembro dos teus lábios nos meus, o leve roçar quente,
Tua pele na minha, teu gosto misturado ao meu.
Anoitece, olho a lua,
Companheira em minha escuridão interior,
À seu lado uma bela estrela cintila como se fosse um diamante valioso.
Acho que eu sou como a lua,
Solitária na imensidão escura,
E tu a estrela que me faz companhia,
O brilho da minha noite enegrecida.