EU, ELA E UM ADEUS( INVÓLUCRO DE UMA SAUDADE) Poema para Basilissa n. 16

(Sócrates Di Lima)

Ela entrou por aquela porta entreaberta,

E pelo espelho vi seu sorriso largo.,

Como se eu esperasse na certa,

Para recebê-la num inusitado afago.

Olhei-a naquele espelho,

Caminhavas como se numa passarela.,

Trazia nas mãos um pacote preto e vermelho,

Carregado de sonhos que eram só dela.

De longe senti seu perfume suave,

Que impregnou minha mente deliciosamente.,

Voce distante não será um entrave,

Pois quero você, assim, de repente.

Eu não posso me conter,

Aos impulsos irresistíveis de querer.,

Abraça-la e aperta-la contra meu ser,

Dizer-lhe tudo que tenho para dizer.

Vejo seu olhar nesta imagem e minha alma presume,

Que além do seu sorriso de marfim.,

Tem lábios moldados em perfume,

No batom quase rouge carmim.

Você Basilissa, chegou com uma vontade maneira,

De me abraçar em um beijo demorado.,

Dizer que que não era brincadeira,

Que queria que eu fosse seu namorado.

Pobre ilusão este meu coração sentiu,

Por instantes feliz se divertiu.,

Pulou, cantou, serenou, sorriu,

Fez-ser leve por ver talvez o que jamais viu.

Na distância sorrimos, contamos histórias e segredos,

Inquietudes do corpo e da alma desassossego.,

Contenção de impulsos de vontades e medos,

De estragar no futuro encontro em um simples escorrego.

Somos quase que dois adolescentes,

Imagino nossas vozes descompassadas.,

Frases cautelosas consequentes,

Que diremos sem darmos mancadas.

E o tempo vai passando nestes momentos de luz,

Quero quebrar todas as minhas promessas.,

Não resistir aos desejos que a adrenalina produz,

E leva-la a um provável encontro em risos e surpresas.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 04/12/2008
Reeditado em 21/05/2012
Código do texto: T1318987
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