Deixa que chova... Nos becos... Nas bocas…
No topo de uma colina...
Na entrada de uma floresta havia um lindo jardim...
Onde as flores tinham vida.
E em todos os amanhãs pela manhã,
o sol poético ressurgia depositando beijos versos em cada uma de suas flores poesias...
... E toda a natureza aplaudia!
Outro amanhã se fez...
E chove...
Deixa a chuva chover...
Lavando a mágoa da calçada...
A rua desreipeitada...
A alma rasgada…
Deixa a água cair...
Com calma...
Com pressa...
Nos becos...
Nas bocas…
Deixa a chuva pingar...
No corpo nú de ilusão...
Nos sonhos pendurado na incompreensão...
Nos varais repletos de ais...
Nos telhados sujos de solidões.
Deixa que chova...
Que molhe...
Que venha...
Que eu a beba como um veneno lento...
Deixa chover dos meus olhos...
Deixa rolar todas as gotas salgadas.
Outro amanhã irá acontecer...
E se chover?...
Que seja um manancial de beijos...
Na rua...
Na lua...
Na poesia que um dia foi tua!